31/01/2012
29/01/2012
(in)tocável
pela brevidade do instante,
ele vem e toca-me as mãos
porque o sonho é fina areia
também matéria de vulcão
o poeta sabe:
vento (re)move tempestade
ele vem e toca-me as mãos
porque o sonho é fina areia
também matéria de vulcão
o poeta sabe:
vento (re)move tempestade
27/01/2012
vinhas, árias, agoras
.
.
.
eu te leio
como alguém
principia viagens
passagens regadas em vinhas
por que tu me ensopas, agoras, lavras minha?
não sou musa inspirada à vanguarda art’mercenária
mas avulto árias quando tu me tornas,
escovas, às primas horas
das manhãs
tenho assim os dias
.
.
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.
.
eu te leio
como alguém
principia viagens
passagens regadas em vinhas
por que tu me ensopas, agoras, lavras minha?
não sou musa inspirada à vanguarda art’mercenária
mas avulto árias quando tu me tornas,
escovas, às primas horas
das manhãs
tenho assim os dias
.
.
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25/01/2012
urgência
.
.
.
e essa urgência
me sonda
me toma
faz-me soma
em teu olhar
livre, monto
destemido cavalo
livre, monto
destemido cavalo
alço vôo
entre as luzes
dos seus pastos
perco-me
nas trilhas do seu trem
desgovernado
e sinto-me eu
como jamais fui um dia
.
.
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entre as luzes
dos seus pastos
perco-me
nas trilhas do seu trem
desgovernado
e sinto-me eu
como jamais fui um dia
.
.
.
a contrapelo
ando por ontens
porvires saturados
de agoras
na memória,
fragmentos riachos
tempos-espaços
não restaurados
que tu me sopras,
escovas, ao vagar
ainda que não...
porvires saturados
de agoras
na memória,
fragmentos riachos
tempos-espaços
não restaurados
que tu me sopras,
escovas, ao vagar
ainda que não...
*Arte: Nicoletta Ceccoli.
06/01/2012
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"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."(Gaston Bachelard)