13/04/2008

Engano

Ela enganara-se! Nada havia de âmbar em seu posto olhar. Nada de estrelas na tarde. Nada de fabulações... Era possível tal engano?

Sim, era! Uma voz polida e confidente lhe respondera sem piedade. E prosseguia sua análise:

Minha amiga..., às vezes nos enganamos, sobretudo quando enxergamos a realidade conforme as nossas indeléveis vontades!...

Sim... Ela murmurava.

Não chore..., minha boa amiga, sempre haverá flores no final da tarde, mesmo que, lá estejam, para enfeitar os espinhos e acomodar a fadiga!... Não chore...

Sim...

(Mas, ela se enganara!...)




"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)